28 de setembro de 2010

Muito além da razão

Existem mais mistérios na gravidez de uma mulher do que julga a nossa vã filosofia.
São acontecimentos, comportamentos e transformações que surgem todos os dias, desafiando a lógica e o bom-senso. A começar pelo enjoo ao flúor, algo tão sem sentido, quanto sem explicação.

E não é o único.

Outro contra-senso gestacional é a supersensibilidade adquirida pelo olfato e pelo paladar da mulher grávida. Graças a isso, ela consegue sentir todos os cheiros e sabores possíveis, mesmo aqueles que nunca foram registrados na passagem da humanidade por este planeta. Ou você já ouviu falar de cheiro de arco-íris e sabor de papel crepom?

Tudo bem que existe aí um componente biológico importante: com o faro aguçado, fica mais fácil da mãe perceber que o neném acabou de sujar mais uma fralda, por exemplo. Mas e o paladar? Não acredito que, em hipótese alguma, alguma mulher possa usa-lo para a mesma finalidade.

O olfato sensível também pode explicar mais uma consequencia misteriosa da gravidez: o alargamento do nariz da gestante. Bastante inexplicável. Talvez fizesse sentido se a mulher parisse pelo nariz, porém não há na literatura médica nenhuma descrição de alguém que tenha chegado às vias nasais de fato.

Aí pode estar também o segredo dos desejos esdrúxulos. Só um olfato/paladar capaz de captar tantas nuances, poderia explicar o surgimento de uma vontade incontrolável de comer banana-real de madrugada, ou ainda, de dar início a uma busca interminável pela cidade atrás de um Waffle com doce-de-leite, sorvete de creme e coração de galinha.

As grávidas também sentem mais sono do que o normal, o que não tem lógica, mas tem explicação: elas estão sempre de barriga cheia. Difícil mesmo é entender como um bebê pode gostar tanto de chocolate, se ele come pelo umbigo. Fica a dúvida se o umbigo da gente tem uma leve inclinação gourmet, ou se chocolate tem um sabor tão especial que é sempre gostoso, não importa a parte do corpo utilizada para traça-lo.

Porém nada, nada mesmo, consegue ser tão indecifrável quanto o casamento da gravidez com a Lei de Murphy. Porquê razão, meu deus, uma mulher grávida com óbvias limitações para se abaixar, consegue ficar com a mão tão mole? Tudo cai das mãos de uma grávida e, acredite, não adianta lutar contra isso: é mais forte do que elas.

Como se vê, a gravidez é uma descoberta diária de mistérios insondáveis. Vai ver por isso, a natureza definiu o seu tempo regulamentar em apenas 9 meses. Se durasse uma semana a mais, corríamos o risco de perder completamente a fé na nossa razão.

2 comentários:

  1. 1º Que bom que vc atualizou o Blog!!!!

    2º Nunca diga que a vida é monótona e sem surpresas!!!!

    3º Onde vai parar essa criatividade???? Ou vc já
    passou por essas experiências?????

    Kaaa, tenha pena desse pai de 1ª viagem!!!!

    Ju, seu pai é muito bom no que faz... por isso não se assuste, com certeza ele já é UM GRANDE PAI!!!!

    Bjs aos 3(três)

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  2. Muito bom! Só tenho uma dúvida: e quem já tem a "mão mole" por natureza?! ;D

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