Além do que se vê

Ontem foi dia de (mais) exames médicos. Dias que, via de regra, misturam ansiedade, curiosidade e a alegria de ver um pouco mais de perto o nosso bebê.

No primeiro deles, Jú fez um exame cardiológico cujo resultado foi perfeito, dentro dos 95% de perfeição que a médica pode garantir. No segundo, a ultrassonografia mostrou que ela está cada vez maior, algo que eu já desconfiava olhando para a barriga de Kari.

Ela está com 1,5 kg e 38 centímetros. O que me leva a crer que mais um pouquinho e ela já vai nascer com o tamanho da mãe.

Engraçado é que pela terceira vez o médico tentou fazer umas fotos dela em 3D, mas, como de costume, ela insistiu em colocar as mãos na frente do rosto, impedindo uma imagem mais nítida. Só não sei se por pirraça ou por timidez. Se for timidez é porque puxou o pai. Se for por pirraça, vocês tiram suas próprias conclusões. (Brincadeira, Kari. De maneira alguma você é pirracenta e, por favor, guarde este rolo de macarrão).

Enfim, mesmo com as travessuras de Julinha, o médico pegou uma foto que mais parece uma imagem por uma sonda da Nasa no solo de Marte e identificou os olhos, o nariz e a boca. Ele disse que o nariz dela é bonitinho.

Achei que ele estava tirando sarro da minha miopia ultrasônica, mas logo em seguida entrou a auxiliar para arrumar a maca e, olhando para aquelas crateras lunares no monitor falou:

- "Que narizinho lindo!"

Pois é. Pelo visto minha filha tem um nariz lindo, e eu um poder de abstração bem vagabundo.