Feliz Ano Novo

1º de Janeiro é o dia mundial da ressaca. Tenho pra mim, inclusive, que em algum lugar do planeta essa denominação tenha caráter oficial.

Curioso que no meu caso, o ano começou sem dor-de-cabeça, sem gosto de cabo de guarda-chuva na boca e sem aquela sensação de esvaziamento espiritual causada por qualquer garrafa de whisky batizado.

Meu 1º de Janeiro começou com um sorriso. Mais do que isso, começou com uma novidade: Jú começou a brincar de “paquerinha”. 

De repente ela estava ali, olhando pra mim e piscando os olhos intencionalmente. Ao ver que aquilo me deixava com um sorriso infinito no rosto, ela tratou de aprimorar a técnica fazendo um charminho, pendendo a cabeça para o lado e dando uma risada gostosa ao final da piscadinha.

Ganhei o dia. Não, o dia é pouco. Ganhei o ano.

Mas se engana quem pensa que o dia mundial da ressaca foi batizado assim por acaso. Eu não bebi, eu não exagerei, mas não consegui escapar da maldição do dia primeiro. À noite, tive que voltar pra São Paulo, deixando pra trás minha família, minha mulher e a novíssima, encantadora e arrebatadora “paquerinha” de Jujú.

Descobri, da pior maneira possível, que nenhuma ressaca no mundo é tão terrível quanto à provocada pelo excesso de saudade.

Amo vocês.